Portal Educação: Parceria que capacita!

Curso online de Educação Infantil (Teorias e práticas pedagógicas)

Coordenação visomotora e espacial, lateralidade e direcionalidade para Escrita, Preensão do lápis



Para que a criança adquira os mecanismos da escrita, além da necessidade de saber orientar-se no espaço(motricidade ampla), deve ter consciência de seus membro(esquema corporal e imagem corporal), da mobilização dos membros,independentemente, o braço em relação ao ombro, a mão em relação ao braço e ter a capacidade de individualizar os dedos (motricidade fina) para pegar o lápis ou a caneta e riscar, traçar,escrever, desenhar o que quiser.

Existem exercícios para minimizar essas dificuldades ou se necessário uma avaliação com profissional especializado Terapia Ocupacional.

O professor precisa iniciar com aqueles que visam exercitar os grandes músculos e,posteriormente, trabalhar com os pequenos músculos, seja na educação infantil,seja no ensino fundamental.

Preensão do lápis 

Dificuldades de preensão do lápis tornou mais evidente nos anos primários com o aumento da demanda da escrita, no entanto,algumas crianças podem desenvolver mais cedo pré-escola e outras podem apresentar um certa dificuldade motricidade fina.As crianças geralmente começam a se desenvolver aderência em torno da idade de dois anos.

ESCALA DE PREENSÃO DE LÁPIS E GIZ DE CERA EM ORDEM DESENVOLVIMENTO 

1-PREENSÃO PRIMITIVA

Preensão Palmar supinada(o traçado é feito com movimentação de braço)em torno uma ano a uma ano e meio

Preensão com os dedos extendidos pronada(traçado é feito com movimentação de braço)o braço não fica apoiado na mesa.em torno uma ano e meio a dois anos

2-PREENSÃO DE TRANSIÇÃO

Preensão quatro dedos(movimentos de punho e dedos)e o antebraço apoia na mesa.em torno dois anos a três anos

3-PREENSÃO MADURA

Preensão tripé dinâmica(movimentos localizados 3 dedos(dedo médio,polegar e indicador)O antebraço fica apoiado na mesa.em torno três a quatro anos.

Alguns problemas podem ser observados pelos os professores ou profissionais da área da Terapia Ocupacional.
Lembre-se, preensão do lápis é um elemento importante para escrita.

Dificuldades de escrita pode causar baixa auto-estima,baixa motivação para o trabalho de classe e de casa, e frustração.Os problemas de escrita incluem:

-Lentidão de movimentos na realização de tarefas de escrita
-Pouca graduação na força na escrita Ex:quebra a ponta do lápis
-Pobre espaçamento e organização por escrito
-dificuldade no sentido correto da escrita e números
-Dor nos dedos, punho e antebraço
-Postura sentada inadequada para escrita
-rigidez no traçado –o aluno pressiona demasiado o lápis contra o papel;
-relaxamento gráfico –o aluno pressiona debilmente o lápis contra o papel;
-impulsividade e instabilidade no traçado(o aluno demonstra descontrole no gesto gráfico; o traçado é impulsivo com a escrita irregular e instável)
-lentidão no traçado –o aluno demonstra um traçado lento,tornando um grande esforço de aplicação e controle.
-Dificuldades relativas ao espaçamento (o aluno deixa espaço irregular(pequeno ou grande demais)entre letras,palavras; não respeita margens.
-Dificuldades relativas à uniformidade (o aluno escreve com letras grandes demais ou pequenas demais ou mistura ambas;mostra desproporção entre maiúsculas e minúsculas e entre as hastes;
-Dificuldades relativas à forma das letras,aos ligamentos e à inclinação – o aluno apresenta deformação no traçado das letras.
   

Quando encaminhar para Terapia Ocupacional?

Nosso trabalho na área da Terapia Ocupacional avalia a criança em relação as dificuldades de tonicidade,movimentos de ombro, braço, punho e dedos, movimentação pinça fina, habilidade manipulação, destreza manual, preensão lápis, uso da tesoura, contole postural, lateralidade, praxia viso-motora e praxia viso-espacial para a formação de uma escrita correta e fluente.

Distúrbios na coordenação visomotora 

A coordenação visomotora está presente sempre que um movimento dos membros superiores ou inferiores ou de todo o corpo responde a um estímulo visual de forma adequada.
Ao traçar uma linha, por exemplo,a criança, ao mesmo tempo que segue,com os olhos, a ação de riscar, deve terem mira o alvo a atingir. Isso implica sempre ter atenção a algo imediatamente posterior à ação que está realizando no instante presente.
A criança com problemas de coordenação visomotora não consegue, por exemplo, traçar linhas com trajetórias predeterminadas,pois, apesar de todo o esforço,a mão não obedece ao trajeto previamente estabelecido.
Esses problemas repercutem negativamente nas aprendizagens, uma vez que para aprender e fixar a grafia é indispensável que a criança tenha conveniente coordenação olho/mão, da qual depende a destreza manual.Os esforços para focalização visual distraem a sua atenção e ela perde a continuidade do traçado das letras e suas associações.

Deficiência na organização espacial e temporal

Quando falamos em organização espacial e temporal nos referimos à orientação e à estrutura do espaço e do tempo:é o conhecimento e o domínio de direita/esquerda, frente/atrás/lado, alto/baixo, antes/depois/durante, ontem/hoje/amanhã, etc., que a criança deve ter desenvolvido para construir seu sistema de escrita.
A criança com problemas de orientação e estruturação espacial, normalmente, apresenta dificuldades ao escrever,invertendo letras, combinações silábicas, sob o ponto de vista de localização,o que denota uma insuficiência da análise perceptiva dos diferentes elementos do grafismo. Ela não consegue,também, escrever obedecendo ao sentido correto de execução das letras, nem orientar-se no plano da folha, apresentando má utilização do papel e/ou escrevendo fora da linha. É natural, ainda,que encontre dificuldade na leitura e na compreensão de sentido de um texto, como decorrência da desorganização espacial e temporal.

Problemas de lateralidade e direcionalidade

Sabemos que os distúrbios de motricidade manifestam-se, principalmente,por meio dos gestos imprecisos,dos movimentos desordenados, da postura inadequada, da lentidão excessiva,etc. Entre as crianças com dificuldades motoras, muitas podem apresentar problemas relativos à lateralidade e que podem provocar ou ser provocados por perturbações do esquema corporal, pela má organização do espaço em relação ao próprio corpo.As perturbações da lateralidade podem apresentar-se de várias maneiras:

• lateralidade indefinida –caracteriza-se pela não-definição da dominância, em especial, da mão direita ou esquerda. Nesse caso, a criança vive uma permanente incerteza quanto ao uso das mãos, tornando-se, por isso,confusa e pouco eficiente no desempenho das atividades motoras. Uma dominância não claramente definida pode ser, também, causa de certas dificuldades,como, por exemplo, inversão de letras na leitura e/ou na escrita, confusão de letras de grafismos (traçados)parecidos, mas com orientação espacial diferente.O que conhecemos como escrita espelhada também pode ser decorrência da lateralidade indefinida.

 sinistrismo ou canhotismo – é a dominância do uso da mão esquerda.
A eficiência da mão esquerda, nas crianças canhotas é inferior à da mão direita nas destras, tanto pela velocidade quanto pela precisão, em geral. Podemos observar que essas crianças,bem como as destras, podem apresentar,muitas vezes, problemas de orientação e estruturação espacial que tendem a acentuar-se com a idade, durante um certo período de seu desenvolvimento.Na verdade, um canhoto pode escrever com a mesma destreza e facilidadede um destro. Porém, para chegar aos mesmos resultados, a criança canhota deve percorrer uma série diferente de movimentos e de ajustamentos motores. Sua tendência natural e espontânea,no plano horizontal, é escrever da direita para a esquerda. É, pois,tarefa do professor auxiliá-la e incentivá-la para que ela possa,com a maior brevidade, encontrar seus padrões motores;

• lateralidade cruzada – caracteriza-se pela dominância da mão direita em conexão com o olho esquerdo, por exemplo, ou da mão esquerda com o olho direito. Esse tipo de lateralidade heterogênea – olho/mão – tem sido pesquisado por muitos estudiosos do tema, que, apesar dos esforços, têm chegado a conclusões divergentes.Vários autores levantam a hipótese de que a lateralidade cruzada poderia ser,em certos casos, causa de desequilíbrios motores e outras perturbações,que dificultariam o aprendizado e o desenvolvimento da leitura e da escrita.Há diferentes pesquisas sobre o assunto e não há conclusões definitivas a respeito.

• sinistrismo ou canhotismo contrariado
– a dominância da mão esquerda contraposta ao uso forçado e imposto da mão direita pode comprometer a eficiência motora da criança, na orientação em relação ao próprio corpo e na estruturação espacial. Alguns autores admitem que, em determinados casos, a gagueira, por exemplo,seja conseqüência de sinistrismo contrariado e, no caso, aconselham que a criança volte a usar a mão dominante.

A letra cursiva exige maior esforço mental e físico da criança porque apresenta complexidade de movimentos.De preferência, o professor deve procurar realizar um atendimento individualizado,atento às dificuldades que poderão surgir, incentivando todos os alunos,para que se evitem sérios problemas posteriormente.

Com base nestas informações, o professor poderá fazer um diagnóstico das possíveis dificuldades de seus alunos, fazendo o registro de suas observações e encaminhar para um profissional da área da Terapia Ocupacional.

Por Silvana Lima
Psicopedagoga Clínica e Institucional

Coordenação Motora

Olá pessoal!

Em minhas muitas "andanças" pela net a fora sempre encontro muito material útil à nossa prática.
Fico ansiosa para compartilhar com vocês, pois estamos todos dedicados em prol de um bem comum: a Educação de qualidade.
Este material que trago hoje é excelente!!!
Vale a pena praticar e repassar.

Espero, de coração, que todos possam aproveitar muito!
E não se esqueçam de opinar tá?
Abraços
Tatiana



DICAS para PROFESSORES
Coordenação Motora

A coordenação motora da criança é estimulada desde cedo, mesmo que involuntariamente, ou seja mesmo que os pais não tenham esta consciência. Através de movimentos com as mãozinhas para pegar objetos, depois os primeiros passinhos, o rastejar no tapete, tudo isso engloba o desenvolvimento da coordenação motora. 
Já em fase pré-escolar (1º ANO) a coordenação é ‘treinada’ em atividades especificas para a idade, como exercícios motores de desenhos, símbolos, etc. Para compreender melhor o significado da coordenação motora veja abaixo uma explicação mais detalhada:

Coordenação motora é a capacidade de coordenação de movimentos decorrente da integração entre comando central (cérebro) e unidades motoras dos músculos e articulações.Classifica-se a coordenação motora em três grupos:

Coordenação motora geral
Este tipo de coordenação permite a criança ou adulto dominar o corpo no espaço, controlando os movimentos mais rudes.Ex: Andar, Pular, rastejar, etc.

- Coordenação motora geral específica
Permite controlar movimentos específicos de uma atividade. Ex: Chutar uma bola (futebol), bandeja (basquete), etc.

- Coordenação motora fina 
É a capacidade de usar de forma eficiente e precisa os pequenos músculos, produzindo assim movimentos delicados e específicos. Este tipo de coordenação permite dominar o ambiente, propiciando manuseio dos objetos. Ex; Recortar, lançar em um alvo, costurar, escrever, digitar, etc.

O Papel do Professor e dos Pais
Existem pequenas modificações que podem tornar a vida da criança com Transtorno Desenvolvimento Coordenação mais fácil.Aqui vão algumas ideias que podem ser úteis; a terapeuta ocupacional pode dar sugestões adicionais.

Na Escola
Professores e pais podem trabalhar juntos para garantir que a criança com Transtorno Desenvolvimento de Coordenação obtenha sucesso na escola. Para os pais, pode ser útil reunir-se com a professora no início do ano escolar para discutir as dificuldades específicas da criança e dar sugestões de estratégias que funcionaram bem. Um plano individualizado de educação pode ser necessário para algumas crianças, entretanto, para outras, as seguintes modificações podem ser suficientes.

Na Sala de Aula

 1. Certifique-se de que a criança esteja posicionada apropriadamente na carteira para começar qualquer trabalho. Certifique-se de que os pés da criança estejam totalmente apoiados no chão; que a carteira tenha altura apropriada e que os antebraços estejam confortavelmente apoiados sobre a mesma.
2.Tente traçar metas realistas e de curto prazo. Isso vai garantir que, tanto a criança como a professora, continuem motivados.

3.Tente dar um tempo extra para que a criança complete atividades motoras finas, tais como matemática, escrita, redação, atividades práticas de ciências e trabalhos de arte. Se há necessidade de velocidade, esteja disposta a aceitar um produto de menor qualidade.
4.Quando copiar não for o objetivo, tente preparar folhas de exercício impressas ou pré -escritas para permitir que a criança foque na tarefa. Por exemplo: dê-lhe folhas com exercícios de matemática previamente preparados; páginas com perguntas já escritas, ou em exercícios de compreensão de texto, ofereça lacunas para preencher. Para estudar em casa, faça fotocópia das anotações feitas por outro aluno.

5.Introduza o computador o mais cedo possível, para reduzir a quantidade de escrita à mão que é exigida em períodos mais avançados de escolaridade. Apesar de, a princípio, digitação ser difícil, essa é uma habilidade que pode ser de grande benefício e, na qual,crianças com problemas de movimento podem se tornar bastante proficientes.

6.Ensine às crianças estratégias específicas de escrita à mão, que as encorajem a escrever com letras de forma, ou cursiva, de maneira consistente. Use canetas hidrográficas ou adaptadores de lápis, se eles parecem ajudar a criança a melhorar o padrão de preensão ou a reduzir a pressão do lápis no papel.

7.Use papel de acordo com as dificuldades de escrita da criança. Por exemplo:
a) linhas bem espaçadas para a criança que escreve com letras muito grandes;
b) papel com linha ressaltada para a criança que tem dificuldade para escrever dentro das linhas;
c) papel quadriculado para a criança cuja escrita é muito grande ou mal espaçada;
d) papel quadriculado, com quadrados grandes, para a criança que tem problema para alinhar os números na matemática.

8.Tente focar no objetivo da lição. Se a meta é uma história criativa, então ignore a escrita bagunçada, mal espaçada ou as várias apagações. Se a meta é que a criança aprenda a formar um problema de matemática corretamente, então dê tempo para que isso seja feito, mesmo que o problema de matemática acabe não sendo resolvido.
9.Considere a possibilidade de a criança usar métodos alternativos de apresentação para demonstrar compreensão ou domínio do assunto. Por exemplo: a criança pode apresentar o relatório oralmente; pode usar desenhos para ilustrar suas ideias; digitar a redação ou o relatório no computador; gravar a história ou o exame no gravador.

Mais ATIVIDADES  para  AJUDAR!

1. Pegue um daqueles vidros de remédio com conta gotas que você tem no armário. Ensine a criança a apertar a borracha usando o dedo polegar e o dedo indicador. Use um timer e o programe para 5 segundos.Veja quantas vezes a criança consegue apertar. Faça isso várias vezes ao dia com a criança e assegure que ela use ambas as mãos. Esse movimento vai ajudar à criança a ter firmeza ao segurar o lápis para escrever.

2. Esse exercício é muito bom mas funciona melhor se você tiver uma maçaneta redonda.O processo é o mesmo do número 1. Pegue um timer e marque quantas vezes a criança consegue rodar a mão para abrir a porta. Esse movimento é bom para o pulso e, com certeza, vai ajudar a criança a posicioná-lo na hora de escrever.

3. Providencie um daqueles brinquedos de plástico que se coloca na banheira para a criança brincar. Sabe aqueles fáceis de apertar? Brinque com a criança no banho que é mais divertido, mas deixe que ela aperte o brinquedo. Esse movimento ajuda na flexibilidade dos dedos.

4. Arranje um chocalho para o próximo exercício. Você pode inclusive confeccionar um com garrafinhas de plástico de refrigerante e macarrão, milho ou lentilha dentro. Ensine a criança a balançar o chocalho para frente e para trás mas sem mexer o braço, somente o pulso. Se for necessário, nas primeiras vezes, segure o anti-braço da criança para que ela não o mexa. Esse exercício dá mais agilidade para o pulso.


5. Coloque areia numa bacia e faça desenhos junto com a criança. Incentive o uso do dedo indicador na confecção do desenho. Deixe que a criança brinque depois. Explore outras texturas com a criança. Tinta, milho, arroz, creme de barbear, água com anilina colorida e algodão são outros exemplos.

6. Rasgar jornal e papel também ajuda. Você pode convidar a criança para depois fazer uma chuva de papel ou uma grande colagem.

7. Compre uma folha de EVA e recorte algumas figuras (de preferência as preferidas da criança). Por exemplo, se ela gosta de carros,corte figuras de um carro comum, um de corrida e um jipe. Se a menina gosta de brincar de bonecas, corte uma camiseta para boneca, chapéu e bolsinha. Escolha duas figuras apenas para começar. Faça um furo no meio das figuras e entregue um cadarço para a criança. Sentado atrás da criança faça com ela o movimento de costura, enfiando o cadarço nas figuras. Primeiro use sua mão por cima da criança. Aos poucos, faça menos pressão nos movimentos até que a criança coloque duas figuras independentemente. Aí sim você pode incorporar mais figuras. Esse exercício ajuda muito no movimento de pegar o lápis. Aconselha-se começar com figuras de EVA para depois passar a pequenas contas.

8. Ensine a criança a desenhar linhas. Faça primeiro uma linha horizontal _________ e diga a ela: “Copia o que eu faço”// “Faça isso!” e deixe ela copiar. Se a criança não conseguir fazer, utilize a sua mão por cima da dela para que ela consiga sucesso no início. Aos poucos diminua a pressão até que a criança consiga fazer o exercício sozinha. Depois de fazer ________, passe para linha vertical, X, + , O, , D. Mais tarde tente sol, face, pessoa, árvore,etc.

9. Aplicar técnicas simples como:

*Pontilhismo ajuda a melhorar a coordenação dos pequenos músculos, (movimento pinça), e ainda aproveitamos o momento em ajudar a crianças a manusear corretamente canetinhas que tanto gostam, o cuidado com a ponta, a força utilizada... entre outros.
*Rasgar papel livremente utilizando, de início, papéis que não ofereçam muita resistência ao serem rasgados. • Rasgar papel em pedaços grandes, em tiras, em pedaços pequenos.

*Recortar com tesoura:• Treinar o modo de segurar a tesoura e seu manuseio, cortando o ar, sem papel.• Recortar vários tipos de papel com a tesoura livremente.• Recortar tiras de papel largas e compridas.• Recortar formas geométricas e figuras simples desenhadas em papel dobrado.

*Colar:• Colar recortes em folha de papel, livremente.• Colar recortes em folha de papel, apenas numa área determinada.• Colar recortes sobre apenas uma linha vertical.• Colar recortes sobre apenas uma linha horizontal.• Colar recortes sobre apenas uma linha diagonal.

*Modelar:• Modelar com massa e argila e formas circulares, esféricas, achatadas nos pólos (como tomate), ovais, cônicas (como cenoura), cilíndricas (como pau de vassoura), quadrangulares (como tijolo), etc.

*Perfurar:• Perfurar livremente uma folha de isopor com agulha de tricô ou caneta de ponta fina sem carga.• Perfurar folha de cartolina em seqüência semelhante à proposta para o trabalho com isopor.• Perfurar o contorno de figuras desenhadas em cartolina e procurar recortá-las apenas perfurando.

*Bordar:• Enfiar macarrão e contas em fio de náilon ou de plástico.• De início as contas e o macarrão terão orifícios graúdos e o fio será bem grosso e firme. Numa segunda etapa, o material deverá ter orifícios menores e os fios deverão ser mais finos e flexíveis. • Bordar em talagarça. • Alinhavar em cartões de cartolina.• Pregar botões.

*Manchar e traçar:• Fazer os quatro exercícios seguintes usando inicialmente giz de cera e depois pincel e tinta, lápis de cor e lápis preto.• 
Fazer manchas em folha de papel, livremente.•
Fazer manchas dentro de figuras grandes.•
Fazer manchas sobre uma linha.• 
Fazer manchas entre linhas paralelas, de início distantes e depois mais próximas.• 

*Passar 
andando por dentro de caminhos feitos com cordas estendidas no chão, como pré-requisito para realizar os exercícios que se seguem.• Com caneta hidrográfica passar um traço entre duas linhas paralelas.•
No papel sulfite, entre as linhas paralelas, traçar várias linhas com lápis de cor, cada uma de uma cor (traço do arco-íris).• Traçar linhas sobre desenhos e letras pontilhadas em papel sulfite.

*Pintar:•
 Pintar áreas delimitadas por formas geométricas e partes de desenhos de objetos.

*Dobrar:•
 Dobrar folha de papel ao meio, na altura de linhas pontilhadas (horizontais e verticais) marcadas na folha. • Dobrar guardanapos de papel e de pano em retas perpendiculares e diagonais em relação às bordas. • Dobrar papel e montar figuras (cachorro, chapéu, sapo, flor, etc.)

Considerações Importantes:

O entendimento dos processos relacionados à motricidade  é de suma importância para o  o auxílio centrado no desenvolvimento do aprendiz. Várias crianças têm apresentado déficit de aprendizagem devido á ausência de trabalhos focando certas habilidades necessárias a este avanço. Neste caso é necessário o apoio de um Psicopedagogo, que fará o diagnóstico e certamente, indicará a melhor maneira de se trabalhar com estas crianças. Todavia, este quadro pode ser evitado, se as Instituições responsáveis Família e Escola adotarem o "brincar" como recurso necessário e diário.

A criança que anda sobre uma linha no chão; pula pneus, corda, amarelinha; rasteja; corre; engatinha; encontra objetos escondidos; percebe diferenças entre o cenário anterior e o atual; participa de atividades de musicalização; canta; dança; brinca de roda, de cabra cega, de passar anel, de baliza, de pique-pega, de pique-esconde, de pique-cola, de macaco disse, de Maria viola, etc... dificilmente apresentará dificuldades no processo de alfabetização. Os tradicionais rabinhos de porco e pontilhados dão lugar ao brincar com função pedagógica, andar sobre o rabinho de porco, desenhar no chão e observar seu desenho e os desenhos dos colegas. Ainda, adquirir ritmo através da musicalização, esquerda / direita, em cima / em baixo, fino / grosso, alto / baixo, grande / pequeno e tantas outra habilidades que possibilitam um rápido entendimento do processo de escrita e da leitura. Movimentos de pinça (pegar objetos com a ponta dos dedos), soprar canudinhos (bolinha de sabão), confeccionar pipas e brinquedos, rasgar e embolar papéis, reconhecimento de partes do seu corpo (macaco disse), favorecem o pegar no lápis e nos demais objetos escolares, estimulam o traçado das letras e a observação das diferenças entre b e d, por exemplo.

Enfim..quanto mais concreto e lúdico for o contato das crianças com materiais e situações  que propiciem a manipulação e  a organização, mais desenvolvimento motor terá para as atividades que exigirem escrita, leitura e cálculos.

(Rosangela Vali)

Parabéns para nós!!!

Desde pequena, quando brincava com minhas bonecas, eu já sabia o que seria quando crescesse: PROFESSORA!!!


O amor recíproco entre quem aprende e quem ensina é o primeiro e mais importante degrau para se chegar ao conhecimento.



Escrita Espelhada

Definição e Ações!

O motivo mais comum para as crianças, em fase de alfabetização, escreverem espelhado relaciona-se à imaturidade dos neurônios, que ainda não permite à criança um domínio completo de posições e direções espaciais.

A lateralidade também pode estar indefinida, impossibilitando o aluno de transferir as noções de direita e esquerda para algo externo a si próprio, no caso, a folha de papel. Ele é capaz, por exemplo, de mostrar sua mão direita, dizer quem está sentado do seu lado esquerdo, mas ainda não identifica o lado direito de um colega à sua frente ou a posição da letra P.

Jesus Garcia coloca que uma disgrafia típica seria a escrita em espelho, ou escrita espelhada. A criança que escreve em espelho não tem uma representação estável dos traços componentes dos grafemas e possui apenas parte da informação, por isso, produz uma confusão e uma escrita em espelho.

Segundo Valquiria Miguel Luchezi, algumas das possíveis causas são:
déficit no domínio da ação, da motricidade, da organização temporo-espacial e na dominância lateral, podendo ser acrescentados distúrbios de atenção e da memória.

As maiores dificuldades são situar as diversas partes de seu corpo, umas em relação às outras, as noções de alto, baixo, frente, atrás e sobretudo, direita e esquerda.

Cada letra é percebida isolada e corretamente, mas as relações que a criança estabelece entre elas não são estáveis, dependem do sentido de deslocamento do seu olhar, esquerda-direita, ou vice-versa.

Outro fator responsável pelo espelhamento nessa idade é a chamada “fase de ensaios”. Até atingir a escrita alfabética a criança faz várias tentativas nas quais cria e recria o sistema de escrita. Nesse processo, podem aparecer números no meio das palavras, ou letras e frases invertidas, pois os aspectos gráficos não são a preocupação maior da criança. O que ela quer é descobrir com quantas e quais letras, escreve-se uma palavra.

Para Luciana Márcia dos Santos, a construção da escrita é um dos últimos processos de aprendizagem e um dos mais complexos a ser adquirido pelo homem. Fundamentada em Piaget, considera que a origem do desenvolvimento cognitivo dá-se de dentro para fora, ocorrendo em função da maturidade do sujeito.Mesmo sabendo que o ambiente poderá influenciar no desenvolvimento cognitivo, sua ênfase recai no aspecto biológico, ressaltando a maturidade do desenvolvimento. Tanto como no raciocínio, o social e o afetivo também se equilibram de acordo com o crescimento do individuo.

Para Piaget, as atividades mentais, assim como as atividades biológicas, têm como objetivo a nossa adaptação ao meio em que vivemos. De acordo com essa postura teórica a mente é dotada de estruturas cognitivas pelas quais o indivíduo intelectualmente se adapta e organiza o meio.

Toda criança, a partir dessa perspectiva nasceria com alguns esquemas básicos - reflexos - e na interação com o meio iria construindo o seu conhecimento a respeito do mundo, desenvolvendo e ampliando seus esquemas.

A ideia, então, é oferecer atividades para tentar superar as hipóteses iniciais, provocando desequilíbrios para que novas assimilações e acomodações ocorram. Por isso é necessário fazer sempre a análise e a reflexão linguística das palavras, confrontando as hipóteses de escrita dos alfabetizandos com a escrita convencional. Também é fundamental propiciar atos de leitura e escrita às crianças para que aprendam ler lendo e a escrever escrevendo, por meio de atividades significativas e contextualizadas. Elas deverão ler textos mesmo quando ainda não sabem ler convencionalmente, apoiando-se inicialmente na memória e ilustração.

Portanto notamos que a escrita espelhada é considerada normal na idade da alfabetização, por vários estudiosos. Podemos ajudar a criança através do treino e do contato com a leitura e escrita, e com o tempo esses hábitos serão adequados.


Uma abordagem Especial para
Pais e Professores
por Solange Moll Passos



É comum nos primeiros registros escritos observarmos as crianças escrevendo letras, números e palavras de trás para frente. Por que isto acontece? Em primeiro lugar, trata-se de um fato normal no processo de aprendizagem da linguagem escrita porque nas primeiras tentativas a criança ainda não sabe todas as regularidades. Por exemplo: em nossa cultura se lê e se escreve da esquerda para a direita, ao contrário de outras culturas como a árabe e a hebraica que escrevem da direita para a esquerda, ou ainda os chineses, que escrevem de cima para baixo.

Também é necessário compreender que a criança em fase de alfabetização está adquirindo a noção de direita e esquerda. No entanto, pode ser auxiliada no desenvolvimento desta competência através de jogos e brincadeiras que envolvam principalmente o corpo. Este conhecimento, dentre outros, é muito importante para a alfabetização.

De qualquer forma, nesses primeiros passos no caminho da alfabetização, é frequente os pais ficarem angustiados ao observarem estas escritas espelhadas acompanhadas também de falta de letras ou mistura de letras e números. O ideal é deixar seus filhos fazerem suas tentativas, pois as crianças, conforme pesquisas realizadas por Emília Ferreiro e Ana Teberosky (pesquisadoras reconhecidas internacionalmente por seus trabalhos sobre alfabetização), começam a construir a língua escrita muito antes de entrarem no ensino formal.

De acordo com Zorzi (2000):
“Por muito tempo e, de modo bastante insistente, temos sido levados a ver, nos erros e enganos que as crianças fazem ao escrever, indícios de distúrbios e patologias. Os espelhamentos de letras são um exemplo típico desta maneira, até mesmo parcial e distorcida, de compreendermos o que é a aprendizagem.”

As crianças podem, a princípio, além da escrita espelhada, escrever “formiga” com poucas letras e “boi” com muitas. Isso acontece porque, no pensamento das crianças, a formiga é pequena, logo precisa de poucas letras, exemplo: CFAO. Já o boi é grande, então precisa de muitas letras: JAJNSHSJAKOV. Em outros casos, elas utilizam as letras do próprio nome em ordem diferente para muitas palavras. Mais adiante passam por outra fase e então escrevem uma letra para cada vez que pronunciam um som.

E assim a criança segue gradualmente em sua investigação, até atingir a escrita convencional.

Não existe criança que não sabe nada sobre a escrita. O que acontece é que a criança pensa sobre a escrita formulando hipóteses sobre ela, para compreender o que a mesma significa. Isto não quer dizer que ela não precisa de um mediador para aprender a ler e escrever. A ação de um mediador é imprescindível para fazer com que a hipótese da criança entre em conflito e assim proporcione o seu avanço.

Feuerstein (1980 apud Beyer, 1996, p. 75) diz:

Por meio do conceito da experiência da aprendizagem mediada (EAM) nós nos referimos à forma como os estímulos emitidos pelo meio são transformados por um agente ‘mediador’, usualmente um pai, um irmão ou outra pessoa do círculo da criança. Este agente mediador, motivado por suas intenções, cultura e envolvimento emocional, seleciona e organiza o mundo dos estímulos para a criança. O mediador seleciona os estímulos que são mais apropriados e então os filtra e organiza; ele determina o surgimento ou desaparecimento de certos estímulos e ignora outros. Através desse processo de mediação, a estrutura cognitiva da criança é afetada.

Mas, muitas vezes, quando se ouve dizer que uma criança de 5 anos está lendo e escrevendo, logo vem aquela preocupação: será que meu filho de 6 anos tem problemas? Neste caso é melhor agir com bom senso, respeitando o ritmo de cada um. A escola deve ser parceira dos pais, dizendo-lhes quando percebe algo que mereça mais atenção.

Zorzi (2000) também comenta:

Estamos, como adultos, fortemente contaminados com noções rígidas de “certo” e “errado”: se a criança está agindo ou pensando da mesma forma que nós, então ela sabe, ela está certa, está aprendendo. Caso contrário, se ela assimila, ou entende uma situação de uma maneira distinta da nossa, que não está de acordo com nossas concepções e crenças, então ela está errada. Não está aprendendo. E, se não está aprendendo, então deve ter dificuldades, problemas, e assim por diante.

Há uma preocupação exagerada para que se leia cada vez mais cedo. O mais sensato é baixar a ansiedade, acompanhar o desenvolvimento da criança, confiar na escola do seu filho e proporcionar um ambiente rico em leitura e escrita, regado com muita paciência e persistência.

No mais é curtir e guardar estas primeiras tentativas de escrita com o mesmo valor dado às primeiras palavras e os primeiros passos.



Fonte de Pesquisa: Rosangela Vali





Burburinho gostoso de gente voltando à Escola.
Buzina, portão, pátio, sala de aula.
Abraços, histórias, lembranças das férias.
Novidades e mais novidades!
É a Escola ganhando vida outra vez, 
pelas mãos de todos vocês.
É o pátio repentinamente colorido,
A sala de aula revestida de novas cores e idéias!
Sensação boa de comecinho.
De poder tentar de novo, fazer diferente.
Sensação de olhar pra frente e esquecer o que passou.
Sensação de página cheirosa, em branco,
De novos lápis e oportunidades.
Sensação indescritível de começo de ano na Escola.
Que a gente todo ano recomeça,
Mas fica sempre esse gostinho, esse jeito desajeitado 
de olhar amigo novo, de usar caderno recém-comprado,
De escolher um novo lugar, de permitir-se mais uma vez, ousar.
Ousar aquele primeiro ou quinto ano,
Permitir-se tentar o nunca feito, o nunca desejado, o nunca imaginado.
Estamos todos cheios de dúvidas? De alegrias?  Incertezas?
De uma coisa estamos certos.
Ao final, estaremos todos abraçados, gratos,
Pelo entre,
Entre o fim de ano  e esse gostoso começo.
Por hora, basta-nos recomeçar.
E que nos permitamos um início sem resquícios de passado,
sem a sombra do que deu errado,
Apenas e simplesmente
Recomeçar.
Acreditar.

Que todos tenhamos um Maravilhoso retorno e que possamos concluir mais esta etapa com muito amor, dedicação e participação de todos nesta linda arte que é Educar!

Abraços
Tatiana Sibovtz

Eu me orgulho de minha profissão!



Deixo aqui a minha mensagem!

O nosso país será bem melhor quando todos entenderem essa imagem.
Valorize o PROFESSOR!




Motricidade Fina

Recebo muitos pedidos de atividades para desenvolver a coordenação motora fina.
Estou preparando algumas bem bonitinhas, pois adoro coisas fofas!

Encontrei muita coisa em minhas andanças pela net (viajo muitooooo por ela)
Hoje trago algumas que editei e espero que vocês possam aproveitar bastante!