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Diagnóstico na alfabetização para conhecer a nova turma

Mesmo antes de saber ler e escrever convencionalmente, a criança elabora hipóteses sobre o sistema de escrita. Descobrir em qual nível cada uma está é um importante passo para os professores alfabetizadores levarem todas a aprender.


Nos primeiros dias de aula, o professor alfabetizador tem uma tarefa imprescindível: descobrir o que cada aluno sabe sobre o sistema de escrita. É a chamada sondagem inicial (ou diagnóstico da turma), que permite identificar quais hipóteses sobre a língua escrita as crianças têm e com isso adequar o planejamento das aulas de acordo com as necessidades de aprendizagem. Ela permite uma avaliação e um acompanhamento dos avanços na aquisição da base alfabética e a definição das parcerias de trabalho entre os alunos. Além disso, representa um momento no qual as crianças têm a oportunidade de refletir, com a ajuda do professor, sobre aquilo que escrevem.

No Guia de Planejamento e Orientações Didáticas do programa Ler e Escrever, das secretarias estadual e municipal de Educação de São Paulo, a sondagem é descrita como uma atividade que envolve, num primeiro momento, a produção espontânea de uma lista de palavras sem apoio de outras fontes e pode ou não prever a escrita de algumas frases simples. Essa lista deve, necessariamente, ser lida pelo aluno assim que terminar de escrevê-la. O guia ressalta também que é por meio da leitura que o alfabetizador "pode observar se o aluno estabelece ou não relações entre aquilo que ele escreveu e aquilo que ele lê em voz alta, ou seja, entre a fala e a escrita".

As pesquisas sobre a psicogênese da língua escrita, realizadas por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky no fim dos anos 1970 e publicadas no Brasil em 1984, mostraram que as crianças constroem diferentes ideias sobre a escrita, resolvem problemas e elaboram conceituações. Aí entra o que pode ser considerado uma palavra, com quantas letras ela é escrita e em qual ordem as letras devem ser colocadas. "Essas hipóteses se desenvolvem quando a criança interage com o material escrito e com leitores e escritores que dão informações e interpretam esse material", conta Regina Câmara, membro da equipe responsável pela elaboração do material do Programa Ler e Escrever e formadora de professores.

No livro Aprender a Ler e a Escrever, Ana Teberosky e Teresa Colomer ressaltam que as "hipóteses que as crianças desenvolvem constituem respostas a verdadeiros problemas conceituais, semelhantes aos que os seres humanos se colocaram ao longo da história da escrita". E completa: o desenvolvimento "ocorre por reconstruções de conhecimentos anteriores, dando lugar a novas construções". Diagnosticar o que os alunos sabem, quais hipóteses têm sobre a língua escrita e qual o caminho que vão percorrer até compreender o sistema e estar alfabetizados permite ao professor organizar intervenções adequadas à diversidade de saberes da turma. O desafio é propor atividades que não sejam tão fáceis a ponto de não darem nada a aprender, nem tão difíceis que se torne impossível para as crianças realizá-las.

As quatro hipóteses 
Ferreiro e Teberosky observaram que, na tentativa de compreender o funcionamento da escrita, as crianças elaboram verdadeiras "teorias" explicativas que assim se desenvolvem: a pré-silábica, a silábica, a silábico-alfabética e a alfabética. São as chamadas hipóteses. As conclusões desse estudo são importantes do ponto de vista da prática pedagógica, pois revelam que os pequenos já começaram a pensar sobre a escrita antes mesmo de ingressar na escola e que não dependem da autorização do professor para iniciar esse processo. "Todos eles precisam de oportunidades para pôr em jogo o que sabem para se aproximar pouco a pouco desse objeto importante da cultura", ressalta Regina.

Aqueles que não percebem a escrita ainda como uma representação do falado têm a hipótese pré-silábica. Ela se caracteriza em dois níveis. No primeiro, as crianças procuram diferenciar o desenho da escrita, identificando o que é possível ler. Já no segundo nível, elas constroem dois princípios organizadores básicos que vão acompanhá-las por algum tempo durante o processo de alfabetização: o de que é preciso uma quantidade mínima de letras para que alguma coisa esteja escrita (em torno de três) e o de que haja uma variedade interna de caracteres para que se possa ler. Para escrever, a criança utiliza letras aleatórias (geralmente presentes em seu próprio nome) e sem uma quantidade definida.

COMBINE ANTES  É importante  que a criança saiba que ela pode escrever da melhor forma que  conseguir, mesmo que não convencionalmente.  Foto: Marcos Rosa
Quando a escrita representa uma relação de correspondência termo a termo entre a grafia e as partes do falado, a criança se encontra na hipótese silábica. O aluno começa a atribuir a cada parte do falado (a sílaba oral) uma grafia, ou seja, uma letra escrita.

Essa etapa também pode ser dividida em dois níveis: no primeiro, chamado silábico sem valor sonoro, ela representa cada sílaba por uma única letra qualquer, sem relação com os sons que ela representa. No segundo, o silábico com valor sonoro, há um avanço e cada sílaba é representada por uma vogal ou consoante que expressa o seu som correspondente.

A hipótese silábico-alfabética corresponde a um período de transição no qual a criança trabalha simultaneamente com duas hipóteses: a silábica e a alfabética. Ora ela escreve atribuindo a cada sílaba uma letra, ora representando as unidades sonoras menores, os fonemas. Quando a escrita representa cada fonema com uma letra, diz-se que a criança se encontra na hipótese alfabética. "Nesse estágio, os alunos ainda apresentam erros ortográficos, mas já conseguem entender a lógica do funcionamento do sistema de escrita alfabético", explica Regina.

O professor deve realizar a primeira sondagem no início do período letivo e, depois, ao fim de cada bimestre, mantendo um registro criterioso do processo de evolução das hipóteses de escrita das crianças. Ao mesmo tempo, é fundamental uma observação cotidiana e atenta do percurso dos alunos. "A atividade de sondagem representa uma espécie de retrato do processo naquele momento. E como esse processo é dinâmico e na maioria das vezes evolui muito rapidamente, pode acontecer de, apenas alguns dias depois da sondagem, um ou vários alunos terem dado um salto", ressalta Regina. "As sondagens bimestrais são importantes também por representarem dispositivos de acompanhamento das aprendizagens para os pais, bem como um retrato da qualidade do ensino para as redes, que podem ajustar seus programas de formação continuada de professores em regiões onde os resultados mostram que os estudantes não estão evoluindo da maneira desejada."

Investigação individual
O melhor é que a atividade seja feita individualmente, com o professor chamando um aluno por vez, que deve tentar escrever algumas palavras e uma frase ditadas. Enquanto isso, o resto da turma precisa estar envolvido em uma atividade diversificada em que não seja necessária a ajuda do professor (a cópia de uma cantiga, a produção de um desenho, um jogo etc.). Essa é a estratégia usada por Eduardo Araújo, na EMEB Helena Zanfelici da Silva, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Alguns dias após o retorno às aulas, ele deixa as crianças envolvidas com jogos e brincadeiras sob a supervisão da estagiária que o acompanha em sala. Alfabetizador há mais de sete anos, Araújo sabe bem o valor da sondagem inicial. "Conhecendo a situação de cada aluno, consigo pensar melhor como será a rotina do bimestre e quais as intervenções devo fazer para ajudar os menos avançados a entender a lógica do sistema de escrita."
ADOTE SINAIS Fazer luma marcação nos textos produzidos é útil para registrar como o aluno lê o que escreve e se ele se detém ou não em cada letra.
ADOTE SINAIS Fazer luma marcação  nos textos produzidos é útil para  registrar como o aluno lê o que  escreve e se ele se detém ou não  em cada letra.
O ditado deve ser iniciado por uma palavra polissílaba, seguida de uma trissílaba, de uma dissílaba e, por último, de uma monossílaba - sem que o professor, ao ditar, marque a separação das sílabas (leia no quadro abaixo como preparar a lista de palavras). Após a lista, é preciso ditar uma frase que envolva pelo menos uma das palavras já mencionadas, para poder observar se o aluno volta a escrevê-la de forma semelhante, ou seja, se a escrita da palavra permanece estável mesmo num contexto diferente.

No começo de 2008, a escola onde Araújo leciona passava por grande reforma. Aproveitando a curiosidade das crianças, ele resolveu trabalhar com uma lista de objetos usados na obra do prédio. As palavras ditadas foram ferramenta, martelo, ferro e pá. E a frase escolhida foi: usei a pá na reforma.
Lista bem feita 

Na sondagem, a escolha certa das palavras e da frase (e da ordem em que elas serão ditadas) é essencial. "O ideal é preparar uma lista de termos de um mesmo campo semântico, ou seja, agregados por uma unidade de sentido, e uma frase adequada ao contexto desse grupo", recomenda a formadora de professores Regina Câmara, do Programa Ler e Escrever. Deve-se evitar que as palavras tenham vogais repetidas em sílabas próximas, como ABACAXI, por exemplo, por causar um grande conflito para as crianças que estão entrando no Ensino Fundamental, cuja hipótese de escrita talvez faça com que creiam ser impossível escrever algo com duas ou mais letras iguais. Por exemplo: um aluno com hipótese silábica com valor sonoro convencional, que utiliza vogais, precisaria escrever AAAI. Os monossílabos ficam para o fim do ditado. Esse cuidado deve ser tomado porque, no caso de as crianças escreverem segundo a hipótese do número mínimo de letras, poderão se recusar a escrever se tiverem de começar por ele.
Observação e registro 
Ficar atento às reações dos alunos enquanto escrevem também é fundamental. Anotar o que eles falam, sobretudo de forma espontânea, pode ajudar a perceber quais as ideias deles sobre o sistema de escrita. Na sondagem inicial feita com a lista de palavras relacionadas à reforma da escola, um aluno comentou com o professor Araújo:

- Ferro começa com "fe", de Felipe, não é? E termina com "o". Essa é fácil.

- Agora eu quero que você escreva "pá" - disse o professor.

O aluno parou um instante, tentou contar "as partes" da palavra com os dedos e ficou um pouco incomodado. Demorou bastante até se manifestar:

- Mas essa não dá para escrever. Fica só uma letra e isso não pode.
CRIE UMA TABELA O ideal é construir um quadro para anotar a evolução das hipóteses de cada estudante. Fotos Marcos Rosa
CRIE UMA TABELA O ideal é construir um quadro para anotar a evolução das hipóteses de cada estudante. Fotos Marcos Rosa
Com o comentário, o professor conseguiu perceber que a criança entrou em conflito, pois pensava que só se pode ler ou escrever palavras com três ou mais letras e, ao mesmo tempo, tinha construído a hipótese de que para cada emissão sonora uma letra basta.

Terminado o ditado, é imprescindível pedir que a criança leia o que escreveu. Por meio da interpretação dela sobre a própria escrita, durante a leitura, é que se pode observar se ela estabelece ou não relações entre o que escreveu e o que lê em voz alta - ou seja, entre o falado e o escrito - ou se lê aleatoriamente.

O professor pode anotar em uma folha à parte como ela faz a leitura, se aponta com o dedo cada uma das letras, se associa aquilo que fala à escrita etc. "Uma lista de palavras produzida pelo aluno, em situação de sondagem, sem a respectiva leitura, não permite analisar essa produção e identificar sua hipótese de escrita", afirma Regina.

Se o aluno escreveu LGA para o ditado da palavra martelo e associou cada uma das sílabas dessa palavra a uma das letras, é necessário registrar abaixo a relação de cada letra com uma sílaba. Há duas maneiras de fazer esse registro, usando marcação com sinais que indique quais as associações feitas pela criança:

LGA
(mar) (te) (lo)
Ou ainda:
LGA
| | |

É possível que o aluno utilize muitas e variadas letras, sem que o critério de escolha desses caracteres tenha alguma relação com a palavra falada. Nesse caso, se ele ler sem se deter em cada uma das letras, é necessário anotar o sentido que ele usou nessa leitura.
LPIEMAN
 
Esse tipo de marcação é importante, pois permite observar com mais clareza a hipótese que a criança tem e, posteriormente, os avanços que ela obtém ao longo do ano.

Atividades diversificadas
REGISTRE TUDO  A observação da produção de cada um ao longo do ano mostra com clareza como ele avançou.
Para que os alunos atinjam o objetivo previsto para o 1º ano - escrever alfabeticamente, ainda que com erros de ortografia -, o professor precisa acompanhar a evolução de todos, conhecendo os que demandam mais atenção, quantos têm hipóteses mais avançadas e os que estão alfabetizados. Esses últimos, particularmente, necessitam de outros conteúdos de ensino, como a ortografia.

O ideal é que seja construída uma tabela que contenha a evolução das hipóteses de cada um, comparando quanto evoluiu ao longo do ano. Com frequência, essa comparação traz agradáveis surpresas em relação aos que, apesar de não escreverem convencionalmente, realizaram avanços significativos em comparação com sua escrita do início do ano.

Com base nessa tabela, é possível também fazer uma análise crítica da rotina e das atividades que estão sendo contempladas. Será que todos interagem com outras fontes de texto e, nessa interação, refletem sobre a escrita e seu uso? Recebem informações de colegas mais experientes, que os ajudam a compreender o que está envolvido na leitura e na escrita? Têm a oportunidade de tentar ler por si mesmos? Contam com o apoio do professor, que oferece novas informações sobre a escrita e orienta seu olhar para os materiais escritos disponíveis na sala de aula, que podem ajudar no momento de decidir pelo uso de uma determinada letra? Encontram na escola um ambiente favorável à pesquisa, sendo encorajados a se arriscar e escrever segundo suas hipóteses?

É por meio das sondagens e da observação cuidadosa e constante das produções dos estudantes durante o ano que se pode saber em que momento se encontra cada um, se sua abordagem e rotina estão funcionando, qual a expectativa razoável de evolução para os que ainda se encontram em hipóteses mais primitivas e como ajustar o planejamento do trabalho para que, ao fim do ano letivo, todos estejam alfabetizados.

Veja aqui um exemplo de tabela para acompanhar o avanço do conhecimento dos alunos sobre o sistema de escrita.

Texto: Anderson Moço
Fonte de Pesquisa: Revista Nova Escola

Textos e números na Educação Infantil

Pesquisas apontam que as crianças, a partir dos 3 anos, são capazes de pensar em números e textos. É possível propor atividades com esses temas sem deixar as brincadeiras de lado.

Pesquisas apontam que as crianças, a partir
dos 3 anos, são capazes de pensar em números
e textos. Marco Pinto. Cenário Silvia Moraes - Atelier Zigzag

Números e textos estão por toda parte - na TV, nos livros, nas placas, na tela do computador e na calculadora - e, desde cedo, as crianças têm a oportunidade de formular ideias a respeito dessas informações. Pesquisas mostram que elas relacionam a escrita e os números com a língua falada e, assim, identificam regularidades que usam como apoio para seguir avançando. Por isso - e por não aprenderem de forma linear -, podem, por exemplo, escrever números antes de saber contar ou uma legenda sem conhecer as letras. 

Cabe à Educação Infantil explorar esses conhecimentos e os questionamentos dos pequenos por meio de situações didáticas em que esse saber possa ser aprofundado. Na prática, isso significa planejar momentos de uso dos números e dos textos sempre que eles fizerem parte da rotina. No caso da escrita, as atividades com listas e textos memorizados podem ser ampliadas com propostas de reflexão sobre o sistema articuladas à produção de textos de diversos gêneros, como resenhas de livros. No campo dos números, o recomendado é usá-los e problematizá-los nas situações em que aparecem: por exemplo, o controle e a comparação de quantidades, dos materiais de sala. 

Hoje, práticas desse tipo têm sido deixadas de lado por receio de escolarizar a creche e a pré-escola. Mas isso não faz sentido. Documentos como as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil dão ênfase às brincadeiras e à interação com colegas e adultos, mas também mencionam o trabalho com a escrita e o sistema de numeração. "Faltam, porém, orientações mais precisas sobre que conteúdos trabalhar e de que forma, o que leva à manutenção de práticas ultrapassadas, como a cópia de letras", diz Eliana Borges Correia de Albuquerque, pesquisadora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Departamento de Psicologia e Orientação Educacionais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Para ela, isso explica o fato de muitas crianças chegarem ao 1º ano sem terem tido oportunidade de interagir com a língua escrita e, às vezes, sem saber escrever o próprio nome.


Pesquisas indicam que não é preciso esperar que as crianças saibam contar ou escrever bem para depois pedir que anotem os algarismos. Registrar o total de materiais disponíveis numa caixa - como tesouras e pincéis -, por exemplo, permite a elas relacionar o nome dos números e os objetos. "Na hora de contar, elas precisam prestar atenção para não considerar um item mais de uma vez e para não deixar nenhum deles de fora", diz Susana Wolman. A tarefa põe em jogo ainda a habilidade de reconhecer que o último número da contagem feita corresponde à quantidade total de coisas, o que não é simples nessa fase. 

A correspondência termo a termo entre os objetos e as marcas gráficas, segundo os estudos de Susana, aparece a partir dos 3 anos. Mesmo quem usa algarismos para escrever a quantidade em uma etiqueta, por exemplo, às vezes inclui marcas, como riscos. "Os pequenos registram outras informações além do número, pois compreendem a intenção comunicativa da tarefa", diz Maria Emilia Quaranta, integrante da equipe de Matemática da Direção de Currículo da Secretaria de Educação do Governo da Cidade de Buenos Aires. Os principais resultados da pesquisa de Susana são mostrados a seguir por meio das produções de crianças a partir de 3 anos e 1 mês de idade. 

Encaminhamentos É possível propor uma reflexão coletiva a respeito das produções em que as crianças registram quantidades. Algumas perguntas ajudam nesse momento: "Qual vocês acham a melhor maneira de identificar o número de objetos?", "Dá para anotar muitos objetos com um só número?". Assim, coloca-se em discussão uma ideia sustentada por muitas delas - a de que isso não é possível. Ao mostrar escritas convencionais (como a de Luiza) e icônicas (como a de Pilar), questione: "Qual permite encontrar a resposta mais rapidamente?" Em situações de registro e discussão coletiva, a criançada revisa suas hipóteses e formula novas para avançar em direção à escrita convencional dos números e o que ela representa.

Ditado de números 
A turma estabelece relações entre a contagem e a notação numérica e reflete sobre regularidades do sistema 

Está comprovado que, para escrever e interpretar os números, as crianças se apoiam na numeração falada. "Elas identificam a parte que conhecem e, em alguns casos, esse é o único algarismo que escrevem num ditado", diz Susana. Elas também usam um número curinga no lugar do que não conhecem. 

Os estudos também indicam que os pequenos não aprendem os números em ordem: primeiro de 1 a 10, depois de 11 a 20 e assim por diante. Os redondos funcionam como ponto de apoio para a apropriação de outras notações. Eles podem escrever convencionalmente 10, 30, 100 ou 1.000 antes de saber o 38, por exemplo. Esse conhecimento e as informações que extraem da numeração falada levam a meninada a produzir escritas não convencionais, como 10033 quando querem representar 133. O ditado pode levar à reflexão sobre as regularidades do sistema (como o fato de toda dezena ter dois dígitos) e sobre o valor posicional dos números (em que um mesmo algarismo tem valores diferentes dependendo de sua posição). Nessa atividade, a calculadora funciona como um apoio para quem não tem habilidade motriz e como material de consulta, pois os algarismos estão disponíveis nas teclas. Confira, com base no ditado abaixo, as descobertas da pesquisadora.

Tabela
Fonte Reprodução Conhecimentos Infantis Acerca do Sistema de Numeração, de Susana Wolman

Um curinga para a dezena Sofia se apoia na numeração falada para anotar os números ditados. Ela escreve o correspondente à unidade (que reconhece mais facilmente) e usa um curinga para a dezena (na maioria das vezes o 1). Grafa 87 e 37 da mesma forma, assim como 35 e 45. A repetição não é bem aceita pela menina, mas ela não sabe como resolver a questão. Essa é uma oportunidade para propor a consulta a portadores numéricos - como a fita métrica e a numeração das páginas de um livro.

Textos: escrever, comparar e refletir 
Inserir práticas de escrita na rotina leva a criançada a pensar sobre o sistema em situações reais de comunicação 

Hoje já se sabe que os pequenos reconhecem rapidamente duas das características básicas de qualquer sistema de escrita: que as formas são arbitrárias (porque as letras não reproduzem o contorno dos objetos) e que estão ordenadas de modo linear. Essas marcas aparecem muito cedo em suas produções. "Mesmo que não usem o modo convencional, eles já sabem escrever e o fazem com intenção comunicativa, de acordo com as hipóteses que sustentam no momento", diz Claudia Molinari. Por isso, é importante expor os textos escritos pela criançada - devidamente acompanhados da transcrição do que pretendiam dizer. Muitas vezes, nessa fase, os professores se limitam a atuar como escribas, redigindo os textos pela turma. 

"Por que não dar às crianças a oportunidade de tomar o lápis e escrever de forma independente durante uma das etapas de um projeto didático?", questiona a pesquisadora. Essa é a oportunidade de elas refletirem sobre aspectos do sistema alfabético. Na transição da hipótese silábica para a silábica alfabética (quando começam a abandonar a escrita feita quase predominantemente com vogais e passam a acrescentar consoantes), ocorre um impasse: quantas e quais letras usar e em que ordem colocá-las? É o que se chama de alternância grafofônica. Nesse ponto, é comum, de acordo com Claudia, que registrem o mesmo termo de diferentes maneiras. 

Os pequenos também relacionam fala e escrita, o que causa outro conflito: como separar no papel o que aparece como um todo contínuo na oralidade? A hipossegmentação (quando não há separação das palavras onde deveria haver) e a hipersegmentação (quando isso ocorre em excesso) são frequentes nesse estágio. 

Esses aspectos podem ser discutidos por meio da comparação de versões de um mesmo texto ou de uma mesma palavra. É o que Claudia define como escritas sucessivas (leia mais na última página). "Elas funcionam como um registro do percurso de cada criança e podem ser usadas como uma fonte de informação em futuras intervenções", diz ela. Para a turma, o contraste de versões permite confrontar hipóteses e, assim, continuar aprendendo. Todos discutem as produções, leem e releem o que redigiram e buscam informações em livros e outros materiais disponíveis na sala. 

Em classes a partir dos 3 anos, é possível iniciar a comparação e a discussão entre as escritas do grupo. O recomendado é circular pela sala e fazer intervenções pontuais na produção de cada criança para propor problemas, solicitar que todos interpretem o que escreveram ou que revisem letras do meio ou do fim de determinada palavra. 


Texto: Bruna Nicolielo
Publicado em Nova Escola
Título original: Elas sabem muito. Aproveite

Alfabetizar na Educação Infantil. Pode?


A polêmica sobre ensinar ou não as crianças a ler e a escrever já na Educação Infantil tem origem em pressupostos diferentes a respeito de várias questões. Entre elas: 

■ O que é alfabetização? Alguns educadores acham que é a aquisição do sistema alfabético de escrita; outros, um processo pelo qual a pessoa se torna capaz de ler, compreender o texto e se expressar por escrito. 

■ Como se aprende a ler e escrever? Pode ser uma aprendizagem de natureza perceptual e motora ou de natureza conceitual. O ensino, no primeiro caso, pode estar baseado no reconhecimento e na cópia de letras, sílabas e palavras. No segundo, no planejamento intencional de práticas sociais mediadas pela escrita, para que as crianças delas participem e recebam informações contextualizadas. 

■ O que é a escrita? Há quem defenda ser um simples código de transcrição da fala e os que acreditam ser ela um sistema de representação da linguagem, um objeto social complexo com diferentes usos e funções.

Em razão desses diferentes pressupostos, alguns educadores receiam a antecipação de práticas pedagógicas tradicionais do Ensino Fundamental antes dos 6 anos (exercícios de prontidão, cópia e memorização) e a perda do lúdico. Como se a escrita entrasse por uma porta e as atividades com outras linguagens (música, brincadeira, desenho etc.) saíssem por outra. Por outro lado, há quem valorize a presença da cultura escrita na Educação Infantil por entender que para o processo de alfabetização é importante a criança ter familiaridade com o mundo dos textos. 

Na Educação Infantil, as crianças recebem informações sobre a escrita quando: brincam com a sonoridade das palavras, reconhecendo semelhanças e diferenças entre os termos; manuseiam todo tipo de material escrito, como revistas, gibis, livros, fascículos etc.; e o professor lê para a turma e serve de escriba na produção de textos coletivos. 

Alguns alunos estão imersos nesse contexto, convivendo com adultos alfabetizados e com livros em casa e aprendendo as letras no teclado do computador. Eles fazem parte de um mundo letrado, de um ambiente alfabetizador. Outros não: há os que vivem na zona rural, onde a escrita não é tão presente, e os que, mesmo morando em centros urbanos, não têm contato com pessoas alfabetizadas e com os usos sociais da leitura e da escrita. 

Grande parte das crianças da escola pública depende desse espaço para ter acesso a esse patrimônio cultural. A Educação Infantil é uma etapa fundamental do desenvolvimento escolar das crianças. Ao democratizar o acesso à cultura escrita, ela contribui para minimizar diferenças socioculturais. Para que os alunos aprendam a ler e a escrever, é preciso que participem de atos de leitura e escrita desde o início da escolarização. Se a Educação Infantil cumprir seu papel, envolvendo os pequenos em atividades que os façam pensar e compreender a escrita, no final dessa etapa eles estarão naturalmente alfabetizados (ou aptos a dar passos mais ousados em seus papéis de leitores e escritores)".

Texto: Regina Scarpa, coordenadora pedagógica da Fundação Victor Civita

Como preparar seu filho para o Ensino Fundamental 1

Foto: A orientação dos pais é fundamental
 Foto: Nana Sievers


Quando as crianças deixam a educação infantil e ingressam no Ensino Fundamental 1 é inevitável pensar: "meu filho já não é mais um bebê". E é natural que nesse momento apareçam também algumas dúvidas sobre como ele se sairá nesse novo momento de sua vida de estudante. De fato, a entrada no primeiro ano traz uma série de mudanças na rotina escolar. As brincadeiras ainda terão seu espaço, mas seu tempo será diminuído enquanto a hora de estudar ganhará mais importância. Na mochila, a boneca ou o carrinho ainda poderão entrar em alguns dias, mas dividirão espaço com livros e cadernos. As responsabilidades, aos poucos, também vão crescer: haverá mais lição de casa, provas e notas.

Todas essas mudanças, porém, não devem ser encaradas como um problema. Elas fazem parte da evolução natural e saudável da vida da criança. E os pais podem - e devem - ajudar seus filhos a se preparar da melhor maneira possível para essa transição. "O importante é demonstrar segurança para a criança. Dizer que se ela está indo para essa nova fase é porque já tem idade para isso e está pronta", diz Rosana Ziemniak, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Magister, de São Paulo.

Em primeiro lugar é preciso que os próprios pais estejam seguros e compreendam esse novo momento da vida dos filhos. "O pai que é inseguro deixa a criança com medo", diz Rosana Ziemniak, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Magister, de São Paulo. "Não se deve ficar colocando dúvidas na cabeça da criança e nem gerando expectativas ao dizer que agora as coisas serão mais difíceis, que ela terá provas e notas, por exemplo", explica a coordenadora, acrescentando que o importante é valorizar a nova fase que a criança vai viver. "Mostre que a próxima série é um passo adiante em sua vida, mas que ela tem toda a capacidade para se sair bem", afirma ela.

Como os pais devem se preparar para essa nova fase da vida de estudante de seus filhos?

A primeira dica é não criar muitas expectativas. "Não se pode esquecer que crianças de seis anos, no primeiro ano do ensino fundamental, ainda estão em fase alfabetização. Não se pode esperar que elas escrevam uma redação de três páginas. É importante não cobrar demais as crianças e ter cuidado para não gerar ansiedade", diz Roseli Carreiro Zanlorenzi de Araujo, diretora da educação infantil do Colégio Vértice, de São Paulo. 

Rosana Ziemniak, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Magister, concorda: "Nunca se deve cobrar aquilo que ainda não é hora de ser cobrado. E nem fazer comparações com outras crianças, dizendo que esta ou aquela tem desempenho inferior ou superior. Cada criança tem seu tempo e é importante lembrar que para haver aprendizagem é preciso haver diversidade: aquele que está mais avançado trabalhando em par com o outro que ainda está menos avançado propicia crescimento para ambos", explica ela. 

A participação dos pais nessa transição, segundo ela, não deve ficar restrita ao ambiente escolar. Os pais devem estimular o crescimento e a curiosidade das crianças nessa fase, programando passeios a livrarias por exemplo. "As crianças que em casa ou em passeios junto com a família têm esses estímulos terão muito mais facilidade de se desenvolver na escola em seu processo de alfabetização e de conhecimentos em geral", afirma ela. 

Quais as principais mudanças que trazem o Ensino Fundamental 1?

Uma das grandes novidades para as crianças que deixam a educação infantil e entram no fundamental 1 são as notas e as provas. Algumas escolas já as aplicam no primeiro ano, que é o antigo pré-primário, mas outras só as introduzem a partir do segundo ano. Outra mudança é com relação aos horários de brincadeira e espaços físicos das escolas. Na educação infantil muitas vezes as crianças têm um espaço diferenciado dedicado a elas - como área com balanços e tanque de areia - e mais tempo para brincar. No fundamental 1 geralmente as brincadeiras passam a ser realizadas durante o horário de lanche.

"No fundamental 1 as crianças continuam a ser supervisionadas, lógico, mas têm mais autonomia para por exemplo comprar seu lanche, e passam a conviver com crianças maiores", diz Rosana Ziemniak, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Magister. Se por um lado têm mais autonomia, por outro têm também mais responsabilidades, como com os deveres de casa.

Como preparar os filhos para suas novas responsabilidades?

Segundo Roseli Carreiro Zanlorenzi de Araujo, diretora da educação infantil do Colégio Vértice, os pais podem ajudar estimulando desde cedo que as crianças criem o hábito de fazer o dever de casa sozinhas e sem ter que precisar mandar fazer. "A lição de casa é responsabilidade da criança e ela tem que criar o hábito de incorporar em sua rotina essa atividade. Os pais não devem fazer o dever por elas, mas podem questionar se o dever foi feito", afirma Roseli. Os pais também devem estimular os filhos a tomar cuidado com seu material e a mantê-lo organizado.

Foto: A rotina de estudos não deve acabar na porta da escola
                                Foto: Cláudia Mariano

"Os pais devem participar da vida escolar, sem dúvida. É importante conversar sobre o que os estudantes aprenderam na escola, fazer uma leitura conjunta do jornal, demonstrar curiosidade em relação à rotina de estudos. Eles podem, inclusive, ajudar a tirar dúvidas se tiverem prazer nisso, mas não devem fazer os exercícios pelo filho", diz Cleuza Vilas Boas Bourgogne, da Escola Móbile. Ou seja, os pais podem ajudar, sim. Mas é importante que não atravessem a criança. A lição de casa é, sobretudo, um exercício que o aluno deve fazer sozinho, justamente para que os professores descubram quais são as suas dificuldades.

Texto: Adriana Carvalho
Fonte: Educar para crescer

Como escolher a pré-escola do seu filho


Apesar de ainda não ser obrigatória no Brasil, a Educação Infantil é reconhecida como uma das fases mais importantes da vida escolar de uma criança. Quando bem estimulada, a criança consegue avançar em todas as esferas do desenvolvimento, obtendo ganhos na aprendizagem, na sua capacidade motora, na forma de se relacionar e de trabalhar emoções e sentimentos. Tantos são os benefícios que muitos pais ficam apreensivos na hora de escolher uma pré-escola ou creche para o seu filho, e começam a acumular dúvidas. 

Por que é importante matricular meu filho na pré-escola?

Porque a pré-escola é um espaço de trocas, de aprendizagem, de constituição de identidades e de inserção sociocultural. Frequentar pré-escolas pode ajudar as crianças a se desenvolverem nas suas dimensões motora, sensorial, emocional, cognitiva e socioafetiva. De acordo com pesquisas nacionais e internacionais, crianças que frequentam uma Educação Infantil de qualidade obtêm ganhos em todas as áreas do desenvolvimento humano. Angela Soligo, coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, em Campinas, lembra: "Na Educação Infantil a criança está em um espaço que é preparado para a sua educação, sendo estimulada de acordo com a fase do seu desenvolvimento".

Como são os professores da pré-escola?

Gostar de criança e saber cuidar dela é importante para um profissional da Educação Infantil, mas só esses requisitos não bastam. O professor de hoje em dia precisa ter preparação e formação adequadas. Ele precisa ter um bom curso de pedagogia e participar, com frequência, de cursos de capacitação, por meio dos quais ele possa atualizar o seu conhecimento. Segundo Cristina Carvalho, professora da Faculdade de Educação da PUC-Rio, no Rio de Janeiro, o professor precisa dominar teorias do desenvolvimento humano que ajudam a compreender a lógica infantil, as necessidades e especificidades da criança. Ao visitar uma escola, peça para conhecer um professor e conversar com ele. Veja como ele se expressa, como ele apresenta seus métodos de trabalho e também como ele se relaciona com sua turma. Uma dica da pedagoga Adriana Oliveira Lima é observar se a professora olha para todas as crianças e se tem uma relação verbal com elas todas (em vez de centralizar sua atenção em apenas algumas). Repare também se as crianças recorrem à professora, se a procuram, se existe ligação entre elas.

Como deve ser a estrutura da pré-escola?

Eis uma questão central para qualquer pré-escola: o espaço físico oferecido às crianças. Este espaço precisa ser amplo, seguro e com diversidade de ambientes internos e ao ar livre para permitir a realização de diferentes atividades. Além desses detalhes, os pais também precisam ficar atentos às condições de higiene e de limpeza dos ambientes, principalmente do refeitório. Procure saber se as refeições são preparadas lá mesmo e o que costuma ser servido. Para crianças de até três anos é interessante que a escola ofereça ambientes para descanso. Confira se este espaço é tranquilo, limpo e arejado. Preste atenção também à segurança oferecida. Há muitas escadas? A criança consegue circular tranquilamente? Os pequenos transitarão entre crianças maiores? Também é interessante que a pré-escola tenha hortas e um lugar com alguns animais, para a criança desenvolver o hábito do cuidar, do cultivar. A pedagoga Adriana Oliveira Lima dá uma dica aos pais: "Ao visitar uma escola, procure sentir se aquele é um ambiente onde se aprende, e não apenas recreativo".

Que materiais pedagógicos não podem faltar em escolas de Educação Infantil?

Não podem faltar materiais simples, mas que ofereçam boas possibilidades de trabalho, como blocos lógicos e outros blocos de encaixe, material dourado (recurso pedagógico para trabalhar a matemática) e muitos livros. Maria Claudia Sondahl Rebellato, assessora pedagógica em Curitiba, PR, acha essencial que toda sala de aula tenha cantinhos de leitura com gibis e livros ao alcance de todos. Uma sala de vídeo ou DVD também é bem-vinda em pré-escolas, bem como um laboratório de informática e uma sala de música. Mas lembre-se de que o importante mesmo é a forma como todos esses recursos são usados no dia a dia.

Quantas crianças há em cada sala de aula?

Na Educação Infantil, ensino de qualidade é sempre associado a salas com turmas pequenas e bem atendidas pela professora. O Conselho Nacional da Educação estabelece um limite de crianças por educador, de acordo com a idade:

0 a 2 anos: máximo de 8 crianças por educador
3 anos: máximo de 15 crianças por educador
4 e 5 anos: máximo de 20 crianças por educador

Mas atenção: o Conselho determina também que crianças de zero a três anos precisam de um espaço de 1,5 metro em sala de aula e crianças de 4 e 5 anos, de um espaço de 1,2 metro. Algumas escolas optam por colocar uma ajudante de sala para auxiliar o professor nos cuidados com as crianças, mas não é obrigatório.

A pré-escola tem propostas atuais?

A Educação Infantil mudou muito nos últimos anos. Antes, o foco de uma creche ou pré-escola estava no cuidar, agora está no educar - tendo como meio para isso o brincar . Esteja atento a essas mudanças ao visitar pré-escolas. A escola conseguiu acompanhar os tempos? Que propostas de ensino a coordenação apresenta em seu discurso? Como ela se posiciona em relação à avaliação dos alunos (nota, conceito, avaliação dos professores)? E em relação à mobilidade entre as fases (maternal, jardim I, II etc)? Algumas escolas não aceitam que a criança retorne para uma fase anterior por não estar acompanhando o ritmo da turma e outras sim. Outro ponto a se observar é se a escola trabalha com psicomotricidade (atividades específicas de movimento que ajudam a criança a tomar consciência de seu corpo) e se oferece um ambiente alfabetizador, com muitas situações de leitura e escrita.


Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br
Texto: Juliana Bernardino